Um barco no horizonte... Cais solitário


Sei que pelos mares por onde vais navegar, não terei notícias suas, nem mesmo serei o vento que irá soprar as velas da tua embarcação. Ficarei no meu cais, olhando a âncora que um dia te manteve aqui e lembrarei sempre dos bons momentos. Não negarei que em algumas tardes de pôr-do-sol eu ainda irei até a praia e olharei o horizonte, na esperança de que os ventos mudem, que a correnteza se altere e traga o teu barco de volta ao mais seguro cais que a vida te ancorou. Não poderia impedir tua partida, pois não seria eu, jamais, a âncora que lhe tiraria o prazer de sentir o vento em suas velas e o gosto de ser livre pra ir e vir. Mas, estarei sempre aqui, a lembrar do quanto nos completamos, a desejar que minha alma gêmea, possa um dia, sentir o prazer de ser livre em meus braços para aí então, descobrir que navegar é bom, mas navegar juntos é ainda melhor.
Só não posso negar, que ao olhar a curva da terra, de tempos em tempos, tentarei imaginar quantas voltas ela ainda dará.
Navegue barco de minha alma... Ficarei bem. Daqui, posso sentir o mesmo vento que te leva. Podes ir, sinta o frio do alto mar, o calor das praias. Ancore quando precisar, ame se conseguir amar. Mas não esqueça que passe o tempo que passar, meu cais estará no mesmo lugar... Sonhando com o dia, que tua embarcação volte pra ficar, e assim eu possa te mostrar como eu já sei te amar.
Gil Façanha





Comentários

Anônimo disse…
Perfeito!!!!!Fiquei super emocionadinha!!!rsrsrs.

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