O QUE ÉS, POR FIM?








É rio... Vale que me valha mais paisagens sobrepostas no disfarce do olhar que sôfrego, implora pelos antigos verões com ventos de outono que trazem consigo a beleza pura da impureza dos desejos condenáveis e tão sacrossantos em meu altar.

É mar... Correntezas que afogam a razão de ser menos emoção e submerge geleiras, tragando toda calmaria para ressurgir em chamas, caldeiras vertendo a nobreza de um querer adormecido. 

É alma... tão etéreo quanto humano. Tão inevitável, impetuoso e fluido nas versões de mim que navega em minhas veias, sem leme, sem destino, arrastando consigo barreiras, demolindo qualquer resistência imposta pelo tempo que me trouxe até aqui.

É madrugada depois do meio dia... é pura escuridão sob o sol, quando a luz se esvai do meu peito depois do calor das horas vividas e que estarão 'Ad aeternum', travando a guerra dos anjos, entre o espirito e a pele, para que no fim se revele a real natureza do ser... Enquanto ao longe imagino quantas noites aqui dentro valeriam os sois que queimam quando estou com você.


Gil Façanha

Comentários

Eu não sou nada, Gil. Apenas vago no mundo, como você...
Beijo
Edson Marques disse…

Por que sumiste?

Flores...
Falo, melhor, escrevo, pela segunda vez, querida Gil.
Esta imagem é maravilhosa!
Abração apertado e amigo.

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