Sempre eu e o mar


Encontrei um companheiro eterno, que nunca partirá sem avisar e que estará sempre no mesmo lugar que eu precisar encontrar, relaxar, desabafar... O mar.
Diante dessa imensidão que atravessa o mundo, divide terras, tem vidas no seu mais escuro e profundo lugar, me ponho a sentir o sutil sabor da liberdade dos pensamentos.
O vento que sopra de tua morada, reservatório próprio de um carinho suave que percorre a pele, me acaricia como quem dá as boas vindas, como quem diz “pode ficar”.
No teu mundo, espaço dominado por tuas vontades, pois vais e vens quando bem entendes, sinto-me tão pequena em teus intocáveis braços, em teu úmido abraço, em teu envolver-me por inteiro sem prender-me... Sabes que voltarei.
Sou nesse instante, alma solitária a buscar tua companhia certa, sem receios de um não ou talvez.
Sinto-me tão exposta agora, tão verdadeira, tão pequena em minha imensidão espiritual, que por vezes, temo que o sol, com seus flashes solares, grave minha imagem e me revele em tela de areia, e assim, você, nesse momento meu mar, venha, me arraste e me leve, pra nunca mais voltar.

Gil Façanha

Comentários

Raiana Reis disse…
O mar é sempre o porto daqueles que observam a vida com a inquietude poética, o que creio um bom sinal, pois ainda sendo o mesmo há nele os recomeços e imensos mistérios.

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