Mar de paixão



Nessas águas que me levam, naveguei em muitos mares,
Águas revoltas e outras calmas.
O bem que me sustenta, travou batalhas com teus males,
Que insistiam levar ao fundo a minha alma.

Tuas águas tão tranquilas, espelho d’água que me encantou,
Escondia a correnteza, que para o fundo me arrastou.
Acreditei nos teus encantos, senhor dos mares e das marés...
Encantei-me com teus olhares, sem saber como tu és.

Entreguei-me e naveguei entre pedras e temporais.
Teu amor com dentes fortes arrancou-me tantos ais.
Mergulhei fundo, pedi socorro, e cantei feito sereia,
E ao invés de te atrair, acabei por me render na  areia.

Tua força inegável foi maior que meu poder,
E minha sina parecia morrer atada ao teu abraço.
Mas num golpe de sorte, onde a vida derrotou a morte...
Afoguei-te no meu peito e desatei todos os laços.



Gil Façanha

Comentários

Unknown disse…
Intuyo cierta melancolía en tu poema. Como una avalancha de tristeza de la que quisieras renacer.


"Tu fuerza innegable fue mayor que mi poder" !Precioso! . ¿Está bien traducido?
¿Crees que heradamos la tristeza, Gil? Yo a veces creo que nos la transpasaron nuestros antepasados.
Besos.

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