Inquietudes da alma



Não quero esse cansaço na mente,
Essa conhecida agonia no peito,
Essa sensação de solidão acompanhada,
Essa perturbadora procura nunca encontrada.

Quero perder a cegueira dessa visão perfeita,
Não me culpar por desejar o que o mundo rejeita.
Tentar ser mais egoísta e pensar em mim,
E não precisar me desculpar por ser assim

Destruir as expectativas,
Parar de chorar por dores passageiras,
Entender que alguns momentos na vida,
Virão e irão da mesma maneira.

Quero lembrar o passado com uma nostalgia gostosa,
Não esquecer que o futuro é uma interrogação,
Fazer desse momento o meu melhor presente,
Entender que minha felicidade não está em outras mãos.

Mas por hora, preciso parar pra ouvir esse grito abafado,
Fechar os meus olhos e tentar entender,
Vou buscar traduzir esse eco da alma,
Que incansável repete: “Você precisa viver, viver, viver...”. 


Gil Façanha

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