A quem procuro?



Nenhum rosto me satisfaz!
Nesse devaneio sem fim, me perco nessa multidão sem nome.
Nem sei na verdade quem és,
Mas sinto uma saudade amarga,
Aquela falta do que nunca foi meu,
E sou tomada pela sensação de que perdi algo que nunca me pertenceu.

Atormenta-me esse encontro sem data,
Tua lembrança sem imagem,
Essa louca vontade de deixar em teus braços, minha alma se perder.
E na escuridão da madrugada,
Vagando em meus pensamentos,
Questiono-me onde estás, e quem afinal de contas é você.
               
Não sei se pensas em mim, ou imaginas quem eu possa ser.
Nem sei se tu existes, ou se isso é pura insensatez a fazer minha lucidez desvanecer.
Mas há desejo, não nego. Vivo atormentada pela ilusão que eu mesma criei.
Uma cobiça sem tamanho, em ter alguém a quem idealizei.

Admito...
Às vezes minha certeza hesita, mas continuo a buscar.
Embora haja momentos em que uma dúvida me faz oscilar:
Será que realmente é outro alguém a quem procuro?...
Ou é somente a mim mesma que anseio encontrar?

Gil Façanha

Comentários

Unknown disse…
Poetisa,

Linda poesia! Lindas poesias!
Parabéns!Sucesso!

Linda semana! Beijos!

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