Em busca da tranquilidade



Ela tentava se despir das emoções que há tanto a atormentava. Presa  às ilusões que a acorrentavam ás mais ardentes lembranças, acabara de descobrir que o céu oferecido houvera se transformado em inferno dominado pelas  incertezas que a atropelavam sem dó e com a piedade que a morte teria ao fim dos anos de qualquer mortal. Vivendo as margens das boas intenções ela se perdeu em seus planos e a  fumaça daquele fogo que  possuía sua pele, fez seus olhos derramarem litros de tristeza camuflada e por tantos desprezada. Talvez por ser uma tristeza desconhecida, velada. Visitando solitariamente os mesmos lugares onde aquela tristeza a levava, sentia como poderia ser uma vida moribunda, cercada de saudades... A saudade também dos tempos mais tranquilos, restando-lhe apenas a ilusão de que houvera, outrora, conhecido o real sentido da felicidade.  Doce e amarga ilusão que  acorrenta ao chão fazendo-a pisar em gelo escorregadio. As asas que sua imaginação lhe dera fizeram-na ir aos confins do mundo dos seus sentidos. Conheceu todos os limites de seus desejo e anseios, porém suas asas não a levaram a certeza alguma. Agora busca um campo aberto e florido onde possa descansar as mesmas asas já há muito desgastadas, revelando a necessidade de pousar onde o seu destemido, porém cansado coração possa tranquilamente se apaixonar.
Pobre menina moça que se auto denomina "pura emoção"... Ainda vive a buscar conter seu coração.

Gil Façanha

Comentários

Ni ... disse…
Ah... o coração é impossivel de se conter...

Beijo

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