O vento que me leva


O vento que me leva, tem ares de tempestade. Arranca meus galhos, força minha raíz, e sinto-me desmontar diante de tanta força.
Sei que estou indo, sem saber onde vou parar. No entanto, quero que me leve, me desfaça, me abuse... E quando de mim se cansar... Me largue ao menos em um solo fértil, próprio para as espécies como a minha. Não quero mais ser apenas uma flor... Quero ser árvore frondosa, de sombra boa e de raízes profundas.
Quero um solo rico da mesma sensação, dos mesmo anseios, da mesma compreensão, da mesma vontade de viver. Que o vento me leve sem pena, e me force a crescer.

Gil Façanha

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