Teu tempo passou



Tão etéreo era nosso amor,
Que era quimera se pensar em um final.
Tua dúvida invadiu-me com furor,
Arremessando-me  em um abismo surreal.

Cada certeza que habitava minha mente,
Foi-se nas lágrimas do meu olhar cor de carmim.
Você me ensinou tão de repente,
Que toda história tem começo, meio e fim.

Entre dúvidas e certezas que eram tuas,
Fiquei aqui reescrevendo meu destino.
Após  verdades proferidas sob a lua,
Você partiu e me deixou em desatino.

Reconstruí teu estrago absurdo,
E agora voltas renegando o erro passado.
Meu coração calejado, e agora mudo,
Já superou teu engano tão lembrado.

Sobrevivi ao golpe frio... Tão você.
Agora pede meu perdão, e eu lamento.
Te perdoei ao conseguir te esquecer,
E não te tenho aqui no peito há muito tempo.

Gil Façanha 

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