Mutação






Dei-me o direito de ser eu.

Suplantei meus receios,

me desfiz da amargura,

chorei gozos,

ri da própria desventura.

Transmutei moral em injustiça,

vesti minha armadura,

destruí as grades da cela.

Enfrentei minha maior batalha,

venci minha própria Sentinela.

Vivi a vida em um momento,

fiz do eterno um ledo engano,

senti na pele o maior tormento,

redescobri meu lado humano.

Fui incêndio sobre o iceberg,

a geleira no centro de um vulcão,

ao me entregar as emoções vividas,
sofri na alma imensurável mutação.

Gil Façanha

Comentários

Alma disse…
Vim te ler e renovar o acompanhamento.
► JOTA ENE ◄ disse…
Muito bom, esta poesia.

Beijos!
Gil Façanha disse…
Muito grata! Abraços.

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