Tua inquietude




Acalma-te alma inquieta de semblante sem paz.
Refugia-te no temor latente e tantas vezes ignorado
do desamor que a inconstância carrega.
Alarma-te ante a oferta farta da falsa alegria,
do regozijo de um momento que se dissipa
no sopro breve de um sussurro de satisfação...
...Tão cobiçoso quanto efêmero.
Afasta-te da beira do abismo, onde ecoa teu nome
em um canto de sereia que te conduz rumo
ao pôr do sol que fascina revestindo a escuridão anunciada.
Contudo, se te valer mais que o ontem a brevidade de um agora ,
então que tua escolha tenha a valia do "para sempre",
pois te asseguro que arriscas o inestimável
em nome do reluzir fascinante do ouro dos tolos.



Gil Façanha

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