Elixir

 



Beba do meu cálice... E cale-se.
No silêncio dos devaneios que te oferto
degusta no palato essa lascívia e sucumbe sem receios.
Desliza a língua entre os lábios e saboreia absorto,
absolvido de pecados, que o néctar que te oferto é bento,
abençoado e perdoado pelo direito de existir.
Toma de minhas mãos e embriague-se,
perde os sentidos, se joga...
Não tema se te pareço taciturno,
pois em meus olhares noturnos,
há o desejo veemente de ter-te tão meu
quanto ainda sou tua.
Deixa-me matar tua fome de carne,
e saciar tua sede de luxúria com o elixir
que te ofereço quase implorando teu aceite,
escondendo em meu olhar de lamúria,
meu desejo em fúria. 



Gil Façanha

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