Pretensão



Desfaço-me do sorriso quando olho os grilhões que limitam meus passos. Perverto meus sentidos para que na inconsistência dos meus atos, eu possa conscientemente fingir minha alegria. Distraio-me das minhas verdades, para que eu não me afogue nas lágrimas vertidas sobre minha pele clara, ou desapareça nas angústias represadas na profundidade da minha alma. Recolho-me a insignificância dessa pretensão poética, que de tão prolixa se perde nesse torpe desejo de algum dia, me revelar em poesia tão límpida, que nenhuma entrelinha haverá mais o que esconder.


Gil Façanha

Comentários

Amanda Cerqueira disse…
Ah Gil...deixa de modéstia...não precisas prentender ser poeta...és!
E te garanto que das boas heein..rsrs
Beijos!
Poeta Insano disse…
Olá Gil!
A poesia é uma forma de não
limitar a existência, nem as inconstâncias do viver tão
oscilante a vida que as vezes
passa diante de nós.
E de suas palavras, brotam belas poesias, mesmo quando acredita não fazê-la.

Um abraço!
Denise Dias disse…
oi Gil,
te encontrei no blog da Amanda,
e confesso ter ficado encantada com seu blog ^^
que liindo!
já estou seguindo!
beijos

deniseoliveiras.blospot.com

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